Uma das coisas engraçadas de conviver muito com alguém é que a gente começa a absorver hábitos dessa pessoa. Desde que vim morar com o maior fã de esportes que já conheci - também conhecido como Pedro, meu namorado -, fui de: espectadora dos jogos do meu time a: pessoa disposta a assistir vários tipos de esportes.
Encontrar entretenimento em frente à TV vinha sendo uma dificuldade para mim há algum tempo (vide nome deste projeto). Talvez porque fiquei alguns anos sem TV aberta ou por assinatura e procurava o streaming não apenas quando queria ver um filme ou série específicos, mas também quando precisava dar só aquela morgada no sofá, sem pensar muito, ou fazer grandes escolhas. Aí, acabava assistindo frequentemente coisas repetidas e seguia entediada.
Com os esportes, ao contrário, tem sempre uma programação inédita, ao vivo e emocionante para assistir quase todos os dias nos canais a cabo, no Prime Vídeo ou no Starplus. E tem alguma coisa muito divertida em não estar totalmente comprometido com alguma das equipes e ainda assim perceber que, repentinamente, você está muito tensa vendo o tiebreak de um jogo de Vôlei e sentindo como se a justiça do mundo inteiro dependesse daquela vitória. Ou em perceber que, ao contrário do que alguns dão a entender, é possível pegar as regras do basquete, da Fórmula 1 e qualquer outra modalidade se você assistir a algumas partidas com atenção. De alguma forma, ver esportes tem muito em comum com assistir àquela série que, por um motivo ou outro, você começa a “torcer” ou simpatizar com personagens específicos. A vantagem é que, no caso dos esportes, não tem emissora forçando a barra na história para renovar mais uma temporada.
Pode ser que eu esteja escrevendo obviedades, mas a Olimpíada está chegando e a gente sempre lamenta o fato do evento não ser anual. Pois é. Parece que, se organizar direitinho, dá para viver essas emoções com mais frequência do que a gente imagina.
Pega a dica do especialista daqui de casa: o perfil Esportes na TV, no twitter, publica a programação diária de jogos na TV/Streaming.
Outra modalidade de indicações:
Já falei aqui na newsletter que gostei bastante de ler Esforços Olímpicos, da Anelise Chen. É um livro diferente dos formatos mais comuns. Mistura ficção e ensaio para discutir os reflexos que as narrativas sobre resiliência e determinação têm na vida dos atletas. No post que fiz no Instagram sobre Esforços Olímpicos, citei também Carrie Soto está de volta, da Taylor Jenkins Reid, que narra a história de uma tenista tentando retomar sua carreira. É um livro menos cabeçudo, mas eu me diverti e aprendi bastante sobre tênis com essa leitura.
Ainda não li Futebol à esquerda, do Quique Peinado, mas tá na minha lista desde quando vi a Mariana, do instagram Mil Livros postando sobre ele.
A série Capitães do Mundo, sobre a copa de 2022, na Netflix.
O filme As nadadoras, sobre as irmãs que fugiram da Síria e, depois de muitas dificuldades, conseguiram participar das Olimpíadas do Rio.
Da pasta de salvos:
Compartilhei nas notas do Substack, mas não sei quem recebe. Então vai de novo: Todo mundo quer fazer um livro importante, da Fabiane Guimarães.
Vem aí a volta das locadoras?
Acho que não, mas gostei da possibilidade.A história de como Caetano Veloso foi parar no Rio de Janeiro.
eu não sou muito de assistir esportes normalmente, mas tudo muda durante as olimpíadas (vale para a de inverno também!) e a copa. aí assisto tudo que posso.